Quinta-feira, 9 de Outubro de 2008
Em vésperas da votação da lei que irá autorizar ou não o casamento entre homosexuais, não posso deixar de sublinhar a opinião de Rogério Alves, que hoje na SIC considerou que o que aqui está em causa, mais do que concordar ou discordar, não deverá ser uma questão de "preconceito", mas sim de "conceito", ou seja, sobre o que importa reflectir, é sobre o conceito de casamento e tudo o que ele envolve.
Para além dos deveres elementares de coabitação, lealdade, fidelidade ou protecção, o conceito de familia, que está inequívocamente ligado ao casamento, não pode ser deste desassociado.
Constituir familia, procriar, assegurando deste modo a continuação da nossa espécie, é um dos deveres elementares associados ao casamento.
Constitucionalmente, o casamento implica a união de 2 pessoas de sexos diferentes.
Falar de casamento entre homosexuais, implica necessáriamente restringir o conceito de familia acima referido.
Implica restringir o próprio conceito de casamento.
A isto devemos chamar preconceito?
Diria antes constatação.
Promover o casamento entre homosexuais, por forma a possibilitar a adopção de menores, com vista exactamente à conquista da possibilidade de constituir familia, ainda que em sentido diverso do acima indicado, já me parece mais sério.
O supremo interesse da criança deverá estar acima de qualquer conceito ou do que pensamos dele.
Um pai e uma mãe são primordiais na educação de uma criança e é assim que deverá ser, sempre que possivel.
A excepção existe, mas a regra deverá prevalecer.