Sexta-feira, 20 de Fevereiro de 2009
José Sócrates era eleito conseguindo maioria absoluta para o PS.
Hoje cumpre 4 anos há frente do governo.
No passado fim-de-semana foi reeleito para continuar na liderança do PS e prometeu um programa de Governo, para as legislativas deste ano, com objectivo de conseguir mais uma maioria absoluta.
Sábado, 14 de Fevereiro de 2009
(Por Emídio Rangel, jornalista, in CM)
«Sócrates tem hoje mais cabelos brancos. O seu rosto por vezes exibe o desgaste de uma liderança forte do partido e do Governo, mas é inquestionável que chega a Fevereiro de 2009 com a mesma força e a mesma determinação que exibia em 2004 quando pela primeira vez se candidatou a líder do Partido Socialista.
Muitas foram as vozes que na altura afirmaram reticências à capacidade e à inteligência do jovem líder recém-eleito. Entre eles estava Mário Soares. Um homem grande que soube mais tarde corrigir o seu juízo e enaltecer a valia do novo líder. É óbvio que Sócrates vai, sem surpresas, renovar a sua liderança à presidência do PS porque os socialistas em geral reconhecem-lhe o mérito, o trabalho e a dedicação, sem quebras, que levaram o partido a manter sempre índices elevados em todas as sondagens.
Como costuma dizer-se, a sorte dá muito trabalho. E Sócrates, sem desfalecimentos, tem mostrado uma capacidade de luta invulgar. Poderia parecer, à primeira vista, que a sua caminhada tinha sido fácil. Mas, com franqueza, não me lembro de um líder partidário que tenha sido tão agastado, interna e externamente, e continue de pé, com apoios firmes de grande parte do eleitorado, podendo mesmo vir a reclamar de forma definitiva nova maioria absoluta. Foi, de certeza, muito difíci subir e descer montanhas, enfrentar dificuldades de monta, no partido e no País, e continuar como um rochedo, desafiando todas as intempéries. Não fica mal, nesta ocasião, lembrar, em benefício da verdade e do rigor, que Sócrates teve e tem um inimigo interno perigoso e capaz de todas as tropelias. Refiro-me, evidentemente, a Manuel Alegre, que se revelou um homem capaz de atraiçoar os seus camaradas no momento em que sentir terreno apropriado para a façanha.
Também não fica mal lembrar que as oposições a Sócrates usam mão de todas as armas, da Universidade Independente ao caso Freeport, para derrubar o político que tem ousado responder à letra às calúnias e às armadilhas postas para denegri-lo. São oposições que nem no momento em que o PR apela à unidade do País, nem na ocasião em que emergiu uma crise mundial de grandes proporções que afecta tudo e todos, são capazes de dar ajuda, uma solução, uma opinião de boa-fé. Vão repetindo, na convicção de que os portugueses são todos estúpidos. Dá a impressão de que a desgraça do País é a graça que procuram.
A crise, que ganhou agora maior expressão com os índices do INE, vai ser vencida.
Com Sócrates.»
<BRSubscrevo. Na íntegra.
Quarta-feira, 11 de Fevereiro de 2009
Qual a relevância desta «investigação» por parte da Judiciária?
Anos 80... Já passaram mais de 15 ou mesmo 20 anos, logo, já prescreveram os crimes que eventualmente tivessem existido. não será??
Aguardemos então os próximos episódios...
Sábado, 7 de Fevereiro de 2009
... são uma tristeza! Antes de destilarem tanto veneno, deviam informar-se...

Sócrates nunca prometeu 150.000 postos de trabalho, Sócrates prometeu recuperar
repito
recuperar 150.000 postos de trabalhos, que se perderam precisamente durante os «brilhantes» executivos de Durão e Santana,
e
se procurarem bem, até poderão encontrar numa qualquer Internet perto de vocês, relatórios e mais relatórios que demonstram que até ao momento em que embarcámos nesta crise que, digasse, não é nossa, mas que nos atinge claro está, já tinham sido criados 130.000 postos de trabalho.
Infelizmente a situação actual não permite muita margem de manobra, mas o que é preciso fazer continua a ser feito!
A vossa «chefe» faria melhor? Huumm...
Cresçam!
Domingo, 1 de Fevereiro de 2009
Não poderia aqui deixar de comentar este caso, até para que dúvidas não hajam de qual é a minha opinião ácerca de tudo o que se tem dito, escrito, etc.
Começo por transcrever, na íntegra, a opinião de Francisco Moita Flores sobre o caso Freeport, publicada hoje no "Correio da Manhã", por ser uma pessoa que respeito, pela isenção e ponderação com que comenta cada assunto:
«Tenho seguido o caso Freeport com uma sensação que é um misto de vómito e de náusea.
Não sei se é uma campanha negra. Mas que é uma campanha histérica que, mais uma vez, põe os jornalistas cheios de calores nervosos, onde jornalistas comentam o que escrevem outros jornalistas, onde muitas notícias contradizem muitas outras, onde no quadro da mentalidade servil e obediente, herdada do tempo de todas as submissões, o que vem de Inglaterra é bom, aquilo que aqui se faz, não presta, onde os ódios, especulações, vaidades pessoais, com muita ignorância à mistura, vêm ao de cima, disso não tenho dúvidas.
Misturam-se política e eventuais crimes de corrupção, e intermináveis debates, mais apostados na discussão banal do que na análise séria, estão a provocar danos terríveis neste pobre país massacrado por tantos danos, por tantas crises, por tanta ignorância diplomada.
Lendo o que se lê em vários formatos, ouvindo o que se diz, percebo melhor a procuradora Cândida Almeida, possivelmente a única voz serena e firme que se escutou, mas que foi rapidamente dissolvida no burburinho da tempestade. A investigação criminal não se compadece com o diz-se, com a especulação sobre coincidências de aprovação deste ou daquele projecto, com a excitação em torno das declarações de um tio. São meros vestígios. Aquilo que importa, numa perspectiva criminal, é saber se determinado fulano político recebeu dinheiro, ou outros favores, para realizar um determinado fim. Se recebeu, quem é que lho pagou. Como pagou. Onde pagou. Se recebeu, onde é que se encontra o dinheiro. Quem deu. Quem viu dar. Onde deu. Quando deu. Quanto deu. Como deu. O que importa é demonstrar, por documentos e/ou testemunhos, que fulano recebeu. Estabelecer aquilo que é a essência do processo-crime: o nexo de causalidade entre crime e criminoso.
Até agora, aquilo que sabemos positivamente é que um tal Smith terá sacado milhões aos seus compatriotas, dizendo que era para pagar a A, a B e a C. Diz ele. Ou terá dito. Não sei. Só revela que o Smith sacou, ou pretendeu sacar, grossas maquias. Quanto à segunda fase da operação, estamos a zeros. Nem uma pista. Nem uma prova. Nem uma coincidência entre decretos-lei e eleições são prova seja do que for.
Fica-nos o Carnaval dos debates, da politiquice na rasteirice mais vergonhosa, enquanto se afunda a imagem de Sócrates no meio deste vómito. Não está acima da lei. E deve ser investigado. Mas também não está abaixo dela para, como na repetição de tantos outros casos, ser julgado e assassinado na praça pública.
Francisco Moita Flores. Professor universitário»
Quanto a mim, não acredito que José Sócrates seja um corrupto.
Não acredito que José Sócrates em algum momento, seja enquanto Ministro do Ambiente, seja como Primeiro-Ministro, seja como cidadão, tenha "pedido", "recebido", ou "ajudado a receber" seja o que for, a que título for, para beneficiar seja quem for.
Sei que dará a volta por cima.