Terça-feira, 24 de Abril de 2007
Sexta-feira, 20 de Abril de 2007
34 anos pela democracia...Para o futuro: que se mantenham os valores e a decência!
Terça-feira, 17 de Abril de 2007
Mais uma vez, não deixa de me surpreender encontrar comentário tão conciso e coerente, no meio de todo este «folhetim», como o que faz J.A.S., no seu
Política a Sério:«
Na entrevista de José Sócrates à RTP, na noite de quarta-feira, metade do tempo foi consumido com a discussão do importantíssimo problema da licenciatura do primeiro-ministro e a outra metade com todas as outras insignificantes questões relacionadas com a situação do país.A licenciatura de Sócrates foi esmiuçada ao pormenor, objecto de mil perguntas desde as datas do lançamento das notas nas pautas aos nomes dos professores desta e daquela cadeira , enquanto sobre os impostos se passou como gato por brasas, sobre a reforma da Administração Pública pouco tempo houve para falar, sobre a reforma da Saúde idem, sobre a União Europeia quase não se falou, sobre a Ota não deu para aprofundar nada e o TGV nem foi referido.Significa isto uma crítica aos jornalistas que entrevistaram o chefe do Governo?Não significa uma crítica ao estado da opinião pública.Se os entrevistadores não tivessem feito todas aquelas perguntas, se não tivessem colocado todas as questões que encheram as páginas dos jornais nas últimas semanas, se não tivessem gasto metade do tempo com aquele assunto, seriam acusados de subserviência, de complacência, de cumplicidade com o poder.Os jornalistas fizeram, portanto, o que as circunstâncias exigiam deles.E, no entanto, objectivamente, prestaram um mau serviço ao país e à informação.Porque gastaram metade do tempo de uma entrevista com o primeiro-ministro a tratar de uma questão que não interessa nada.Que não tem a menor importância.Que não conduz a parte nenhuma.Que não tem dignidade.Que só deseduca porque contribui para alimentar a intriga, a pequenez de ideias, a mesquinhez de espírito, os impulsos negativos.Será que ainda não conseguimos perceber que o país está numa encruzilhada, que corre contra o tempo, que precisa de levar por diante reformas profundas e que elas só podem ser postas em prática se houver estabilidade e um Governo forte?Ainda não percebemos que não é o momento de brincar aos governos e que fazê-lo significa brincar com o fogo?Quanto à oposição, em lugar de exultar com este tipo de episódios (ou tentar até tirar partido deles), deveria, pelo contrário, estar calada.Marques Mendes teria tudo a ganhar se não tivesse falado.Se tivesse dito: «Não me envolvo neste assunto, porque não confundo a luta política com questões pessoais».Marcaria pontos e acumularia capital político.Até porque hoje a vítima é Sócrates mas amanhã é outro qualquer.Casos como este atingem a política e os políticos no seu conjunto.Veja-se o que se passou com Cavaco a quem os sucessivos escândalos acabaram por minar a eficácia.É isso o que queremos agora?Queremos o regresso da instabilidade política?Queremos um poder fraco, coxo e sem autoridade?Queremos viver num país ou num circo?Um general romano que combateu na Lusitânia enviou para Roma uma informação que se tornaria célebre: «Este povo não se governa nem se deixa governar».Não nos governamos nem nos deixamos governar.Sempre que temos uma situação de alguma estabilidade sentimos a atracção do abismo.Por essas e por outras é que de vez em quando, numa esquina da História, aparece um Salazar que nos obriga a deixarmo-nos governar... à força.»Nada a acrescentar!
Terça-feira, 10 de Abril de 2007
Evidentemente, não alimentarei aqui o "diz que disse" do momento, que considero, acima de tudo, deprimente e infundado...No entanto, não posso deixar de me associar àquilo que diz JAS, no seu
Política a Sério:«
Quando os pais do primeiro-ministro lhe puseram o nome de José Sócrates (recordo que Sócrates é nome próprio e não apelido) mal podiam imaginar que o filho se veria envolvido numa polémica sobre as suas habilitações académicas.Que ironia! um Sócrates questionado sobre a validade do seu diploma universitário.Mas, falando mais a sério, é preciso dizer que esta polémica é mesquinha.A questão da licenciatura de Sócrates só teria interesse num de dois casos:1. O primeiro-ministro estar a desempenhar uma função para a qual não tinha habilitações (como acontece com os médicos burlões que trabalham em hospitais sem nunca terem posto os pés em Medicina);2. O primeiro-ministro ter enganado os portugueses, dizendo-lhes ter um curso que não tinha.Ora, nenhum destes casos se verifica.O cargo de chefe do Governo não exige habilitações universitárias.E Sócrates sempre disse que se formara na Universidade Independente, depois de ter feito um curso médio em Coimbra.Portanto , onde está o problema?Porquê tanto barulho?Pode dizer-se que a licenciatura não tem grande valor, como até se vê pelo escândalo em que a universidade está envolvida.Mas os alunos (Sócrates e os outros todos) serão culpados disso?Não serão mais vítimas do que réus por terem feito um curso que agora é desvalorizado?Pode dizer-se, ainda, que as equivalências foram demasiado generosas ou a passagem em certas cadeiras foi facilitada.Mas em quantas universidades, privadas e públicas, isso não aconteceu, sobretudo a seguir ao 25 de Abril, com milhares de alunos a beneficiarem de passagens administrativas?A polémica em torno do diploma do primeiro-ministro é pois mesquinha e um tanto parola.Tem que ver com a obsessão nacional em relação aos canudos, aos títulos de senhor dr. ou senhor eng.. A única questão séria que este tema coloca diz respeito a outro problema: às universidades privadas.Por razões pessoais e familiares, sempre tive reservas em relação ao ensino privado.Frequentei uma escola primária pública, andei sempre num liceu público e formei-me numa universidade pública.E o mesmo aconteceu com os meus filhos.A certa altura, porém, achei que isto era um preconceito e admiti que, à semelhança do que acontecia pelo mundo civilizado fora, não havia qualquer razão para o ensino privado em Portugal ser pior do que o público.Lamentavelmente, a minha desconfiança tinha fundamento.Os casos da Livre, da Internacional, da Moderna, da Independente, não deixam lugar a dúvidas: ainda não temos maturidade para um ensino superior privado credível.E, como não é justo que os jovens estejam expostos a estes percalços tirando cursos que depois são desqualificados , só há uma forma de agir: fazer avaliações rigorosas às universidades que existem, fechar as que não têm condições e só autorizar a sua reabertura depois de garantias seguras.Na fiscalização às universidades é preciso um homem do tipo do presidente da ASAE.Só assim será possível recuperar a credibilidade do ensino privado permitindo que as universidades que mantêm a qualidade não sejam prejudicadas pela lama que atingiu as outras.Apenas deste modo se restaurará a confiança impedindo que o justo pague pelo pecador.Quanto a Sócrates, só há que dizer o seguinte: não é pior primeiro-ministro por ter frequentado a universidade que frequentou nem seria melhor por se licenciar noutra qualquer.E não enganou ninguém: nunca disse ter-se formado na Sorbonne ou em Harvard sempre se soube, desde o princípio, ter uma licenciatura na Independente.»É que eu NÃO entendo onde está a «polémica»!!!...
Segunda-feira, 9 de Abril de 2007
Não é por acaso que considerei este um bom título para este post.
Se pensarmos um pouco, a morte é isso mesmo, intermitente... ou pelo menos o que pensamos dela.
Tanto a queremos bem longe de nós, dos que nos são queridos, como a achamos uma «benção» e esperamos vê-la chegar rápidamente. Tudo depende da situação...
Confrontarmo-nos com a sua «existência» é que NUNCA é fácil.
Pelo que apenas me apetece dizer:
Nascemos para a vida! Viver é o bem mais precioso que possuímos!
Há que saber vivê-la! Amá-la! Preservá-la!