Segunda-feira, 7 de Junho de 2004

Último dia: Sting, Alicia Keys, Pedro Abrunhosa e o regresso do Rock in Rio-Lisboa...

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Mariza encerrou a Tenda Raízes e deu um dos melhores espectáculos deste palco. A fadista provou, mais uma vez, porque razão é a embaixadora do fado.
O último dia do Rock in Rio-Lisboa fica para a história como o dia em que começou a segunda edição do maior festival de música do mundo em Portugal. A organização anunciou hoje que o Rock in Rio-Lisboa vai voltar em 2006. Mas o último dia de festa teve muito para contar...

O momento mais esperado do dia foi a actuação de Sting. E o ex-Police, com o seu espectáculo “Sacred Love” não desiludiu as 100 mil pessoas que vieram até à Cidade do Rock para o ver.
Ao cantar temas como Roxanne e Englishman in New York, Sting levou os fãs ao rubro.
Mas a noite não foi apenas de Sting. Alicia keys subiu ao palco cantou e encantou esta imensa multidão que provou ser adepta da cantora Soul.
Com uma voz potente e dotes de piano fantásticos, Alicia veio pela primeira vez a Portugal para ser recebida como a estrela que é.
A prestação de Alejandro Sanz ultrapassou as expectativas. As centenas de fãs que vieram desde Espanha para o ver actuar não deram o tempo por perdido e apesar de vibrarem com a música do cantor espanhol não saíram da Cidade do Rock com “o coração partido”.
O som do Brasil fez-se ouvir pela voz e presença de Ivete Sangalo que literalmente, levantou poeira. O tema “Eva” também se ouviu na Cidade do Rock. E se a noite fechou com música portuguesa, com a prestação fabulosa de Pedro Abrunhosa, já tinha aberto da mesma forma com Luís Represas.
No final destes seis dias de festa o balanço é bastante positivo e a música portuguesa provou estar à altura dos melhores nomes internacionais.

Tenda Raízes
Neste espaço a tarde, sem dúvida, pertenceu a Mariza. Com o seu Fado Mariza conquistou o público e conseguiu reunir a maior plateia deste palco ao longo dos seis dias de festa. A fadista apresentou um espectáculo onde percorreu um pouco da história do Fado e onde homenageou alguns dos nomes que mais marcaram o estilo como Maria Severa.
O sucesso de Mariza tinha sido antecipado no dia 5 quando, de surpresa, sobe ao Palco a convite de Daniela Mercury para fazer dois duetos com a cantora baiana. Foi um espectáculo que nunca mais se esquece.
No palco raízes o último dia de festa recebeu ainda as Tucanas e os Amparanóia que também deram um espectáculo memorável cheio de ritmo e cor.
A música negra é a fonte de inspiração da espanhola Amparo Sánchez, vocalista dos Amparanóia O Trio Curupira também deu espectáculo na Tenda Raízes Com guitarras, sanfona, escaleta, flautas e cavaquinho. A música é criada a partir de ritmos da tradição brasileira e das suas diversas influências.

DJ Vibe fecha Electrónica
Nesta verdadeira pista de dança mais um português tem honras de fecho. DJ Vibe foi o senhor dos pratos, e bombou até às 4 horas da manhã. Neste último dia actuaram ainda Félix da Cat, Desyn Masiello e John Digweed. No dia 6 de Junho, as 100 mil pessoas no recinto não permitiram que este espaço arrefecesse por um segundo que fosse.

Tenda Mundo melhor
Talvez por ser o último dia, ou talvez não, a Tenda Mundo Melhor foi pequena para receber todos os que quiseram assistir à actuação de Fafá de Belém. A fila à porta desta tenda foi enorme com o ritmo da brasileira que “Vermelhou” o público.
Este dia foi também marcado pela homenagem a Sérgio Vieira de Mello com a presença de Carolina Larriera.
Neste espaço de debate e reflexão foi também entregue pela BP o segundo cheque destinado à SIC Esperança que irá distribuir a verba por várias instituições de apoio a crianças portuguesas.
Noticia do Site Oficial do Rock in Rio Lisboa
























publicado por planetamercuryii às 15:29
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De monica anderson a 30 de Dezembro de 2004 às 06:51
"Só os Estados Membros Podem Fazer a ONU Funcionar". Por : Sérgio Vieira de Mello, Alto Comissário das Nações Unidas para os Direitos Humanos. **************************************************************************************************************** « A preponderância militar dos Estados Unidos e da Grã-Bretanha não deve levar-nos a pensar que a estabilidade internacional pode ser assegurada pela força. Se quisermos que o sistema internacional se baseie em algo mais do que a força ou o poder, os Estados terão de regressar à instituição que criaram: as Nações Unidas. Essa instituição enfrenta uma crise grave, pelo que ou se encontram maneiras de a resolver ou se têm de suportar pesadas consequências. Os debates sobre o Iraque, tanto antes da guerra como agora, demonstraram que as grandes potências foram incapazes de comunicar entre elas utilizando uma linguagem comum. E isto tem sido mais flagrante no seio das instituições globais. Desde a criação da ONU, o Conselho de Segurança foi responsável pela segurança e a Comissão de Direitos Humanos foi encarregada da protecção dos direitos humanos. Todavia, no caso do Iraque, o Conselho foi, e aparentemente continua a ser, incapaz de chegar a acordo sobre a segurança e o papel da ONU. Do mesmo modo, a Comissão de Direitos Humanos, cuja sessão anual terminou na sexta-feira, demonstrou a sua incapacidade de discutir os direitos humanos. Será que existe uma maneira de renovar, ou de reinventar, uma linguagem comum, que nos permita sair do impasse actual? Julgo que existe, desde que mudemos radicalmente a relação entre segurança e direitos humanos. No Conselho de Segurança, os debates incidiram sobre as armas de destruição maciça, uma questão clássica que lhe é muito familiar, desde a sua criação. Mas os seus membros não puderam, ou não quiseram, imaginar que o seu mandato ultrapassasse essa visão estreita. O Conselho não abordou as numerosas questões de evidente interesse para os seus membros, como a ausência de democracia no Iraque e as frequentes campanhas de terror contra os opositores políticos, reais ou imaginários, levadas a cabo pelo governo de então. Também não conseguiu abordar um assunto mais vasto: como lidar com os perigos graves para a paz e a segurança internacionais que representava um regime que violava de forma flagrante os direitos humanos dos seus cidadãos e que, levado pela tendência da brutalidade para ultrapassar fronteiras, chegara a atacar os seus vizinhos. No final, os principais participantes no debate deram a impressão de estar a falar de uma coisa, enquanto tinham outra em mente. Talvez os membros do Conselho de Segurança tenham entendido que era mais lógico discutir as questões de direitos humanos no âmbito da Comissão de Direitos Humanos. Mas nesta última sessão, muitos dos 53 Estados representados na Comissão sustentaram que não lhes competia debruçar-se sobre o Iraque, uma vez que o Conselho já se ocupava do problema. Outros defenderem que as questões ligadas ao Iraque tinham mais que ver com segurança do que com direitos humanos e, portanto, eram da responsabilidade do Conselho. Outros ainda sustentaram que o problema dos direitos humanos no Iraque era fundamentalmente uma questão de guerra – dado o elevado número de baixas civis – e não de violações desses direitos cometidas antes dela, no país. Mas, fosse qual fosse o argumento invocado, o desejo manifesto da maior parte dos Estados, tanto aqui, em Genebra, como em Nova Iorque, foi evitar iniciar uma discussão sobre os direitos humanos no Iraque. Durante as semanas que precederam a guerra no Iraque, falei com muitos dos principais actores nos debates do Conselho de Segurança. É óbvio, mas talvez valha a pena recordá-lo aqui, que nenhum deles expressou a menor animosidade contra a ONU; nenhum desejava que o Conselho de Segurança falhasse na tentativa de chegar a um consenso sobre o Iraque. O que não conseguiram foi encontrar uma maneira de abordar o problema – de o enquadrar politicamente – para alcançar um consenso. O impasse na Comissão de Direitos Humanos foi semelhante, talvez ainda mais grave. O que faltou a ambos os órgãos foi uma maneira de conceptualizar a segurança em termos de direitos humanos e de reconhecer que as violações flagrantes e sistemáticas dos direitos humanos se encontram, com frequência, no cerne da insegurança interna e internacional. O problema não é novo. Basta examinar a lista dos fracassos mais recentes das Nações Unidas, como a sua incapacidade de impedir o genocídio no Ruanda e o massacre de Srebrenica. O que têm esses fracassos em comum? Nos dois casos, tratou-se de situações de emergência, seguidas de horríveis carnificinas, cuja natureza não se enquadrava nos esquemas conceptuais do Conselho de Segurança nem da Comissão de Direitos Humanos. Não constituíam ameaças à segurança internacional no sentido reconhecido convencionalmente e compreendido pelo Conselho; e a Comissão de Direitos Humanos também não conseguiu ter a menor influência no desenrolar implacável dos acontecimentos. Foi esse o maior fracasso da nossa época: a impossibilidade de compreender a ameaça que as violações flagrantes e sistemáticas dos direitos humanos representavam para a segurança e a incapacidade de alcançar qualquer consenso sobre a maneira de responder a esse tipo de risco. E, agora que as vítimas no Iraque se contam aos milhares, não podemos deixar de constatar que o preço do nosso fracasso, que já era tragicamente elevado, está a aumentar. Devemos virar-nos para os Estados Membros das Nações Unidas, especialmente para os que são membros do Conselho de Segurança – sobretudo a China, os Estados Unidos, a França, o Reino Unido e a Rússia – para que eles se interroguem sobre esse fracasso e tentem superá-lo com base nas suas responsabilidades e não nas suas rivalidades. Criticar as Nações Unidas por não terem conseguido alcançar um consenso sobre o Iraque é passar ao lado do problema. Quando os Estados Membros ignoram as suas próprias regras de jogo ou desmantelam a sua própria arquitectura política colectiva, é injusto culpar a ONU ou o seu Secretário-Geral, cujos bons ofícios não são solicitados tão frequentemente quanto seria de desejar. Kofi Annan tem defendido incansavelmente o consenso sobre estas questões vitais, mas não pode impor esse consenso. Tal como eu não estou em posição de exercer a menor pressão sobre a Comissão, cujos mandatos são executados pelo meu Gabinete mas sobre a qual não tenho o menor poder de decisão ou de controlo. Em ambos os casos, o poder está – e muito bem – nas mãos dos Estados Membros e só deles. É a eles que compete encontrar uma maneira de o exercer, colocando os direitos humanos no cerne do conceito de segurança interna e internacional. Os Estados Membros das Nações Unidas têm uma oportunidade única. Pelas suas acções recentes, revelaram uma vez mais as deficiências da instituição que criaram, ao mesmo tempo que salientaram algumas das suas qualidades. Todos os Estados, em particular os membros do Conselho de Segurança, deviam aproveitar esta oportunidade para se debruçar seriamente sobre as suas relações e para ponderar maneiras de empreender uma reforma. As definições da segurança pouco adaptadas às realidades contemporâneas revelaram a sua inutilidade, na crise que acaba de atingir o mundo. Hoje em dia, é a população iraquiana, que já sofre há tanto tempo, que suporta as consequências, primeiro, da guerra, e, agora, de uma paz contestada e controversa. Não pode deixar de ser evidente que chegou a altura de todos os Estados redefinirem a segurança global, colocando os direitos humanos no centro deste debate. Para isso, cada nação deve exercer as suas responsabilidades de uma maneira proporcional aos seus meios. Só então os Estados responsáveis – e não aqueles que são meramente mais fortes – serão capazes de oferecer uma estabilidade duradoura ao nosso mundo». (www.unhchr.ch/news). afixado by monica


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