TEMOS O DEVER DE ESPALHAR O AMOR Convertidos num fenómeno musical à escala planetária, devido ao êxito alcançado no último ano com temas como 'Shut Up' e 'Where is The Love?', os Black Eyed Peas encontraram em Portugal um terreno fértil para accionar a sua máquina de ideais políticos e sociais, que no Rock in Rio foram debitados em inspiradas rimas hip hop. Algumas horas antes de subir ao Palco Mundo, Taboo, o MC mexicano dos Black Eyed Peas, encontrava-se aparentemente em 'estágio' para o espectáculo eufórico que se seguiria: entrou a correr no quarto de hotel onde decorreu a entrevista com o CM, lançou-se em 'voo picado' para cima da cama, atirou as botas pelo ar e rematou com um "posso fumar?". Já confortavelmente 'instalado', o músico explicou as razões do seu manifesto bom humor: "Sol, miúdas giras e uma língua que parece espanhol. Sinto-me em casa!".
Após a tirada cinematográfica, Taboo revelou-se o MC que tem tocado o Mundo com as suas intervenções: "A nossa música pretende alertar as pessoas para o que está mal e transmitir força a quem sofre com as coisas negativas que se passam no Mundo. Estamos rodeados de interesses económicos, corrupção e injustiça, mas nós, os músicos, temos o dever de espalhar o amor".
A intenção ficou explícita no álbum 'Elephunk', trabalho gravado sob o "efeito choque" dos atentados de 11 de Setembro. "Sempre fomos um grupo positivo e nunca nos identificámos com aquele rap típico, de rimas machistas e violentas. Mas, após o atentado e o início da guerra no Iraque, a nossa veia interveccionista aumentou".
Determinados em continuar a espalhar a sua mensagem por muitos e longos anos, os Black Eyed Peas prevêm editar o seu próximo álbum de originais (quarto numa carreira de sete anos) em Novembro, para o qual, aliás, já gravaram cerca de 20 temas: "Além dessas 20 canções, vamos ainda gravar outras tantas, para depois seleccionar as mellhores e convidar alguns amigos para participar, como aconteceu em 'Elephunk', no qual contámos com a colaboração de Macy Gray, Justin Timberlake e dos Papa Roach".
Ferggie, a fã que passou a vocalista No álbum, Ferggie, que passou de fã fervosa da banda a vocalista, irá pela primeira vez dar uma mãozinha na composição: "A nossa música ficou enriquecida com a entrada de Ferggie, porque ela veio adicionar uma sensibilidade feminina ao trabalho. Além disso, é uma mulher de armas, que dá um exemplo de força a todas as raparigas!"
Noticia do Jornal "Correio da Manhã