Quinta-feira, 19 de Março de 2009
Todos os dias são dia do pai, mas este existe para que nos lembremos disso!
Domingo, 15 de Março de 2009
«Movimentos de professores aprovam crachá contra voto no PS e em Sócrates»
Os cinco movimentos independentes de professores reunidos hoje, em Leiria, aprovaram por maioria a proposta de realização de um crachá com inscrições "Sou professor não voto neste PS" e "Sou professor não voto em Sócrates".
É bom ver que há gente ocupada com coisas importantes...
Sexta-feira, 6 de Março de 2009
Há uns dias que não escrevo, em que muito aconteceu, se disse, se leu... e não posso deixar de aqui comentar algo que mereceu honras de abertura de alguns serviços informativos, e que se traduz no seguinte título:
Segundo um estudo da OCDE 20 anos as pensões de reforma dos portugueses baixarão para apenas 50% do salário.
Pois bem, leia-se o que escreve Eduardo Pitta (e bem!) no seu »Da Literatura» sobre este assunto:
Qualquer trabalhador informado sabe que o nível médio das pensões de reforma da Segurança Social corresponde a 65% do último salário, mais vírgula menos vírgula. Isto é assim desde as alterações de Bagão Félix, reforçadas por Vieira da Silva. A excepção são os funcionários públicos categoria onde, além dos funcionários propriamente ditos, se incluem os professores, médicos, magistrados, diplomatas, militares, polícias e outros , cujas aposentações correspondem a 90% do último vencimento (acontece assim desde 2003, com Manuela Ferreira Leite nas Finanças; até 2002 correspondiam a 100%); e os trabalhadores das empresas que asseguram complementos de reforma: a EDP, a PT, a TAP, bancos, seguradoras, etc. Portanto, se as previsões da OCDE se cumprirem, em 2030 os trabalhadores portugueses que descontam para a Segurança Social arriscam-se a ver descer o valor das suas pensões de reforma dos actuais 65% (a maioria) para 54% do último salário. A parte engraçada é que os media dão a notícia como se fosse já para hoje. Voltando ao essencial: dou um rebuçado a quem provar que um reformado da indústria farmacêutica, metalúrgica, têxtil, do calçado, etc., do sector da construção civil, do turismo, da hotelaria e restauração, do comércio, da agricultura, da pesca, da comunicação social, dos serviços, dos transportes, etc., aufere pensões de reforma correspondentes a 90% do último salário. As previsões da OCDE são preocupantes? É evidente que sim. Porém, a perspectiva não é cair de 90% para 54%, mas de 65% para 54%. Sendo mau (muito mau), não é exactamente a mesma coisa. E é só daqui a 20 anos...
Será preciso dizer dizer mais alguma coisa?