Quarta-feira, 19 de Março de 2008
... todos os dias!
Segunda-feira, 10 de Março de 2008
Tenho a dizer que confesso que me surpreendeu este artigo de opinião que vi publicado no Correio da Manhã de hoje:«
Os professores lá vieram a Lisboa fazer a sua marcha da indignação. Muitos, mais de 80 mil de um universo estimado em 140 mil que são pagos pelo Estado, isto é, pelos cidadãos que pagam impostos, para ensinar as crianças do sítio e prepará-las para a vida.
Todos muito zangados com a ministra da Educação, Maria de Lurdes Rodrigues, uma senhora com um mau feitio muito saudável, o Governo liderado por José Sócrates e, claro, pretos de medo por irem ser avaliados, facto único na história do Ensino público neste sítio cada vez mais deprimido, cada vez mais ignorante e cada vez mais mal frequentado.
Todos muito zangados com Maria de Lurdes Rodrigues e José Sócrates porque, nestes três anos, os obrigaram a trabalhar mais, a estar mais tempo nas escolas, acabaram com a fantochada da chamada gestão democrática das escolas, agora substituída pela figura de um director escolhida por pais e autarquias, por terem dado alguns golpes importantes na espinha dos sindicatos, por terem metido nas escolas centenas de sindicalistas e, agora, imagine-se, porque decidiram separar o trigo do joio e descobrir quem é bom ou mau professor, competente ou incompetente.
Um escândalo nunca antes visto neste sítio cada vez mais triste e cinzento. Não é por problemas de comunicação, como afirmou Mário Soares, que os professores andam aos saltinhos pelas ruas. Não. É por medo da avaliação que vai mostrar aos pais que têm filhos na escola pública muitas das razões do insucesso, do abandono e da ignorância das crianças e dos adolescentes do sítio. No rescaldo da manifestação de sábado aconteceram coisas espantosas. Alguns comentadores e analistas decretaram de imediato uma crise no Governo e a impossibilidade de o PS obter nova maioria absoluta em 2009.
Outros, como o senhor Mário Nogueira, líder da federação comunista do sector, decretaram o fim do diálogo com a ministra Maria de Lurdes Rodrigues. Por um lado, diz-se que as reformas a sério, verdadeiras, que mexem com privilégios, mordomias e incompetências são impossíveis neste sítio. Quem as ousa fazer está condenado ao insucesso político. É verdade. E daí o estado a que isto chegou em mais de trinta anos de Democracia.
Um pântano sem eira nem beira, uma choldra. Por outro, o famigerado diálogo é neste sítio sinónimo de reformas a brincar, de fantochadas para indígena ver. É por isso também que agora se espera duas coisas de Sócrates e de Maria de Lurdes Rodrigues: manter a avaliação dos professores e pôr fim ao diálogo com os sindicatos. Custe o que custar. Mesmo a maioria absoluta em 2009. (António Ribeiro Ferreira)»Mas não resisti a transcrevê-lo, por salvo uma ou outra expressão mais aguerrida, traduzir, estou certa, todo um sentimento e a voz, dos vários milhões que não estiveram nessa manifestação.
Onde naturalmente me incluo! ...........
Domingo, 9 de Março de 2008
SIGA EM FRENTE SRª MINISTRA!!!