Segunda-feira, 30 de Janeiro de 2006
... e eis que o EUROMILHÕES, não saiu...
... o BENFICA, não ganhou...
... e contrariamente ao que aconteceu em quase todo o país, em FARO não nevou!
É caso para achar que foi mais um daqueles fins-de-semana do NÃO!!!
Sábado, 28 de Janeiro de 2006
... e o vencedor é....
Sexta-feira, 27 de Janeiro de 2006
São 146 milhões!!!!O que fazer a tanto dinheiro? Sem mexer uma palha, ganhar hoje o Euromilhões representa só em juros ter 365 mil euros por mês, a 3% ao ano!?!?!!!!!!!Aguardemos pelo escrutínio...
«(...) O primeiro-ministro anunciou hoje no Parlamento a criação do Programa de Simplificação Administrativa e Legislativa, a apresentar em Março. Sócrates explicou que o principal objectivo desta iniciativa é a redução da burocracia e o desenvolvimento económico das empresas.
(...) José Sócrates divulgou as dez medidas que constam no programa de Simplificação Administrativa e Legislativa.
O primeiro-ministro destacou a ideia de "tornar facultativas todas as escrituras públicas sobre actos relativos à vida das empresas" e o fim de todos os livros de escrituração mercantil, excepto o livro de actas".
Sócrates falou também na criação de uma "modalidade de dissolução e liquidação na hora das sociedades" e na simplificação de "todo o regime da fusão e cisão de sociedades", para além da "autenticação de documentos e reconhecimento presencial de assinaturas".
Outras das medidas apontadas foram o aparecimento de "um novo regime de prestação de contas" para as empresas, a criação de "uma prestação única de informação das empresas à Segurança Social" e a eliminação da "obrigatoriedade das certidões de inexistência de dívidas à Segurança Social e às Finanças".
Foram também anunciados o procedimento "Marca na Hora" e a simplificação da "prestação de informação pelas empresas industriais".
Sócrates destacou a importância destas medidas para o funcionamento das empresas. "Estas dez medidas são boas notícias para as empresas e boas notícias para o investimento. Elas eliminam milhões de actos obrigatórios e poupam muitos milhões de euros, explicou.
(...) Sócrates sublinhou ainda que "todos os estudos credíveis sobre a economia portuguesa apontam os custos administrativos e os procedimentos burocráticos como um dos entraves à competitividade" da economia portuguesa.
Por isso, afirmou o primeiro-ministro, o Governo quer tornar visíveis esses custos. A Presidência do Conselho de Ministros decidiu que toda a legislação a aprovar, para além da identificação do impacto orçamental, que já é exigida, deverá ser também acompanhada dos respectivos custos administrativos para empresas e cidadãos, anunciou Sócrates. » (in, Lusa)
Quanto a mim, só tenho a dizer: finalmente alguém passa das palavras aos actos neste país!
Sim, porque há muito que uns e outros falam na necessidade "urgente" de se desburocratizar a exagerada burocracia portuguesa, mas ninguém ousou fazê-lo até hoje!
Quanto ás medidas anunciadas, com certeza que merecem o meu aplauso!
as palavras de Pedro Mexia, ainda sobre o resultado das últimas eleições...
«O aspecto mais lamentável da noite eleitoral é o resultado de Manuel Alegre. Eu sei que a direita está quase toda radiante com a humilhação de Soares. Mas a humilhação de Soares é preocupante para o candidato e para o seu partido. O resultado de Alegre é preocupante para o país.
Um milhão de votos premiaram o pior dos seis candidatos, o mais impreparado e o menos alicerçado num projecto coerente. Alegre avançou por orgulho ferido e pouco mais. Demonstrou uma aflitiva falta de conhecimento de todas as matérias. Nem sequer sabia ao certo como tinha votado certas leis. E fez uma campanha que reuniu o pior da direita (o tradicionalismo bacoco) e o pior da esquerda (a retórica grandiloquente). (...)» (in, "Pulo do Lobo")
Excelente observação! Eu não diria melhor...
Quinta-feira, 26 de Janeiro de 2006
Ainda sobre a questão do «quem cortou quem» na noite de domingo passado:
Parece que está para continuar a algazarra sobre a fala de José Sócrates ter caído em cima da de Manuel Alegre. No entanto, diz-se por "aí" que na sede de Manuel Alegre se sabia, "também", que José Sócrates ia entrar em directo "dali a cinco minutos" e, mesmo assim, "diz-se", "se decidiu aqui na candidatura avançar".
Ah pois é...
A esta, que acabo de ler no "Os Cães ladram, mas a caravana passa", não resisto sinceramente a transcrevê-la:
«O recém-eleito Presidente da República, tal como a esmagadora maioria dos políticos e grandes figurões deste país, também pertence ao rol dos "Pensionistas de Luxo!"
Actualmente o Prof. Cavaco Silva recebe 3 pensões pagas pelo Estado distribuídas da seguinte forma:
- 4.152 euros do Banco de Portugal;
- 2.328 euros da Universidade Nova de Lisboa;
- 2.876 euros por ter sido primeiro-ministro.
Onde estão os puritanos que tanto se indignaram quando veio a público a situação do ex-ministro socialista Luis Campos e Cunha?
Será que, o Expresso, o Público, o Independente, o Correio da Manhã e o Diário de Notícias, que abordaram este tema exaustivamente e que trataram os outros casos conhecidos elevando-os quase à categoria de escândalos, se irão também indignar com as "Pensões de Luxo" do distinto Professor Cavaco Silva? »
Aguardemos então...
Segunda-feira, 23 de Janeiro de 2006
1) Permitam-me que hoje, as minhas primeiras palavras, as dirija ao Srº Drº Mário Soares:
- Saiba que votei ontem em Mário Soares canditado, com a mesma convicção com que o faria hoje, e com toda a certeza, o faria igualmente amanhã...
A Mário Soares candidato, os meus parabéns pela coragem e, principalmente, pela mensagem...
A si, Drº Mário Soares, o meu muito obrigado!
Por tudo...
2) Em seguida, gostaria igualmente de aqui deixar uma mensagem ao nosso Primeiro-Ministro, Engº José Sócrates:
- Pegando numa frase proferida por si, num dos momentos que marcaram a campanha do Drº Mário Soares, atrevo-me a dizer àqueles que julgaram que não votar Mário Soares o "beliscaria" a si e ao seu Governo... enganaram-se!
Foi com a mesma confiança em que votei PS em Fevereiro, que ontem esperei pelo seu comentário de fim de noite;
Foi com a mesma confiança em que votei PS em Fevereiro, que ontem entendi nas suas palavras que estava certa;
É com redobrada confiança, que voltaria a votar PS hoje!
É na sua força (e muita determinação!), que reside a minha (e a de MUITOS portugueses) CONFIANÇA!!!
3) A todos aqueles que votaram Cavaco Silva ontem, não porque acreditavam nele ou porque ele era o melhor, mas porque estavam "arrependidos" de ter votado PS em Fevereiro; por estarem igualmente "arrependidos" de terem "contribuído" para a eleição do actual governo; ou "apenas" porque ele seria o "único" a "travar" o governo; a "fazer-lhe frente"; etc, etc.
Marcamos encontro lá mais para a frente... (temos três anos e meio pra ver do que se arrependerão desta vez... afinal, há pessoas que se arrependem de tudo...)
4) Aos (muitos!) que se incluem nos lamentáveis 37% de não votantes, gostaria de aqui registar o meu desapontamento.
É triste observar que, em pleno século XXI, quando por esse mundo fora alguns povos ainda se debatem por conseguir GANHAR aquele que é o direito ao voto... muitos daqueles que o têm, simplesmente ignorarem-no...
Ah, muitos desses povos, situam-se em zonas dificeis, apelidadas de 3º mundo, onde existem muitos analfabetos, muita falta de informação, logo, muita ignorância...
Por isso, a quem simplesmente não vota, muitas vezes sem saber porquê, poderemos chamar o quê???
E é tudo.
Sexta-feira, 20 de Janeiro de 2006
Que não resisto a aqui destacar:
«Duas condições aritméticas para haver segunda volta
Na minha opinião, para haver segunda volta é necessário que se verifiquem cumulativamente as seguintes duas condições:
- a soma de votos de Soares e Alegre ser igual a 36%/37%;
- a soma de votos de Jerónimo, Louçã e Garcia Pereira manter-se em torno dos 14%/15%.
A segunda condição parece estar assegurada, de acordo com todas as sondagens publicadas hoje. Para que a primeira também se verifique, é preciso cativar o eleitorado do PS para votar. Se tal acontecer, como espero, teremos uma segunda volta de certeza.» (JM do "Lobo com Pele de Cordeiro")
Cabe-nos agora a nós!!!
Num momento em que se aproxima a hora de todas as decisões, num momento em existe efectivamente a probabilidade de Cavaco vencer à primeira volta as eleições de domingo, surgindo Manuel Alegre à frente de Soares na maior parte das previsões que são do conhecimento público de todos nós, o que me mantém confiante de que tudo pode acabar por ser diferente, é a substancial fatia de indecisos que ainda subsiste.Por tudo isso, dei comigo a pensar no que poderia ainda ser dito a esses eleitores para ajudá-los a decidir, para convencê-los a confiar o seu voto em Mário Soares?E eis que me deparo com um texto de Pedro Oliveira, publicado hoje no «Super Mário», que me atrevo a transcrever, por me ter tirado as palavras da boca...«Para quê votar Soares?Mesmo num espaço de propaganda descarada como este, é bom que não percamos de vista o sentido da realidade. As últimas sondagens são francamente desanimadoras. Há uma forte probabilidade de Cavaco vencer à primeira volta e Manuel Alegre surge à frente de Soares na maior parte delas. O único elemento capaz de dar alento à candidatura de Soares é a substancial fatia de indecisos que ainda subsiste.Ora, o que podemos nós ainda dizer a esse eleitor para convencê-lo a confiar o seu voto em Mário Soares?Duas ou três coisas elementares, mas que a meu ver fazem toda a diferença.Em primeiro lugar, Soares foi o único que não andou a vender ilusões durante esta campanha aliás, em última análise creio que foi isso que o penalizou junto do eleitorado. Os tempos difíceis e incertos em que vivemos predispõem muita gente (por razões inteiramente compreensíveis) a ouvir os candidatos que prometem serem capazes de mudar o actual estado de coisas. A este respeito, a campanha de Cavaco foi conduzida com enorme eficácia e profissionalismo. A forma insistente com que Cavaco enfatizou a sua preocupação com a coesão social, a sustentabilidade do sistema de pensões, etc. não podia ter sido mais acertada. E, claro, por comparação com os dez anos que se lhe seguiram, o cavaquismo tende a surgir como uma era dourada.Infelizmente, os candidatos da esquerda não souberam responder com eficácia à retórica social-democrata adoptada por Cavaco e o único que escolheu evitar o confronto directo com o antigo primeiro-ministro (Manuel Alegre), parece ter sido recompensado pelos eleitores, pelo menos a avaliar pelas últimas indicações de voto. Do lado de Soares, o principal erro foi não ter conseguido alicerçar a sua candidatura num discurso positivo e mobilizador. Como notou Paulo Varela Gomes há umas semanas atrás, Soares surgiu como o único que não se propunha a fazer nada de especial se fosse eleito. E, naturalmente, as pessoas interrogaram-se: então para que é que se candidata?Bem, na realidade, candidata-se pelo essencial: para zelar pelo bom funcionamento das nossas instituições democráticas, tal como a Constituição diz que elas devem funcionar. Adicionalmente, é (juntamente com Louçã) o único candidato que na última década produziu um discurso consistente sobre alguns dos grandes problemas do nosso tempo, da globalização à construção europeia, das questões ambientais à qualidade da democracia. Com a sua determinação em polarizar ao máximo a disputa entre si e Cavaco, Soares descurou infelizmente este precioso trunfo que dispunha.Em segundo lugar, creio que Mário Soares ainda é o candidato melhor preparado para numa segunda volta obrigar Cavaco Silva a explicar melhor ao que vem. Admito que a sua prestação no debate televisivo com Cavaco foi brutal e até desagradável nalguns momentos. Mas alguém dúvida que num segundo frente a frente a esquerda encontrará um representante mais bem preparado para confrontar Cavaco com as inúmeras contradições do seu discurso?Ao eleitor que deu ao PS a sua maioria absoluta no ano passado, não perdeu ainda a confiança no actual governo e vacila entre Alegre e Soares, peço lhe que pense apenas nisto: acredita realmente que Alegre tem condições para exercer com responsabilidade o cargo de Presidente da República? Reparou por acaso que nas raríssimas ocasiões em que se pronunciou sobre o exercício dos poderes presidenciais cometeu gaffes terríveis? E o que dizer de um político que manifesta o incómodo por um adversário o ter confrontado com o sentido das suas votações na Assembleia da República - uma prática que é monitorizada nas democracias ocidentais onde existe uma tradição de prestação de contas por parte dos representantes eleitos do povo...»Eu não diria melhor.